sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fábulas fabulosas para uma juventude non-sense:



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O Leão Solitário:



Adaptação livre por Leandro CDX Morais


Era uma vez, na floresta encantada de Woodstock, onde os animais falavam e fumavam erva, um vistoso leão. Era um animal magnífico, forte e robusto, com uma juba fabulosa cuidada a base de shampoo Seda e condicionador Wella.

Além de tudo era o único leão da floresta, e portanto um rei nato. Ninguém mandava mais que ele naquela área. E todos obedeciam, temendo suas garras. Mas como não tinha outros de sua espécie no local, ele se sentia sozinho.

Não existia nenhuma leoa em muitas milhas de distância. O coitado do leão tinha que passar as noites solitárias na punheta!

Eis que um dia, cansado de ser tão sozinho, resolveu que iria arranjar uma companheira. Como quem não tem cão caça com gato, o leão acabou optando por uma relação inter-racial: passou a cortejar as mais belas criaturas da floresta.

Tentou a sorte com várias fêmeas, mas nehnuma despertou o fogo da paixão em seu coração... e cada vez que uma fêmea fracassava em conquistar o leão, ele acabava devorando sua pretendente. E assim seguia sem amor, porém de barriga cheia!

Até que um dia acabou se apaixonando por uma coelhinha. A pequena era branquinha, fofinha e esbelta. Um tesãozinho! Ela também era safada, conhecida em toda a floresta, e já tinha dado para outros animais que não eram da sua espécie, incluindo até o coiote, bem maior que ela. Logo, o tamanho do membro do leão não era um problema, a criaturinha peluda aguentava o tranco.


O que realmente causava temor na família da coelha era o comportamento do grande felino, afinal de contas era perigoso o leão comê-la não só sexualmente mas também via oral! Para garantir a segurança de sua filha, o sábio coelhão-pai fez uma proposta para o rei da floresta:

_ Você pode namorar minha filha, mas tem uma condição: você terá que abrir mão de seus dentes e garras! Tenho medo que você a ataque. É sabido que você já fez isso antes com outras moças. E apesar de biscate, preciso zelar pela segurança de minha filha.

O leão embriagado com a paixão não pensou em mais nada e topou:


_ Tudo bem! Eu aceito, mas peço que vocês não contem para ninguém que eu ficarei banguela. Se os animais souberem que não tenho mais presas nem garras, ninguém mais vai me respeitar.

Selado o acordo, o coelhão munido de um alicate arrancou dente por dente do leão e depois também suas garras.

O desdentado felino pediu a mão da coelhinha em casamento, e ela aceitou! Em pouco tempo marcaram a data do casório, um grande evento, para o qual toda a floresta foi convidada!

Foi uma festança sem fim! Mãe da noiva se acabando em lágrimas, pai da noiva feliz por não precisar aturar mais aquela putinha em casa, os macacos enchendo a cara com Red Label, ou seja... tudo que um casamento tem direito. E a coelha assumiu seu título de esposa e rainha da floresta. E o leão a partir daí, se arrependeu profundamente.

Depois que se tornou rainha, a coelha mudou totalmente. Mandava e desmandava em tudo e todos. E quando não a obedeciam, ela mandava o leão fazer cumprir suas ordens. Quando o leão rugia todos tremiam de medo e obedeciam (afinal de contas ninguém mais sabia que ele não representava perigo).

Final da história: o rei da floresta tornou-se capacho da mulher. Engordou pra caralho, porque como não conseguia mais mastigar, só comia farinha láctea e sopas. E nada podia fazer pois era chantageado. Se não obedecesse a coelhinha ela ameaçava contar para todos que ele já não era tão macho como era antes. Pior de tudo é que o felino continuou tendo que se virar na punheta. Aquele sexo animal da lua-de-mel já não rolava...





CDX

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