Uma recompensa de R$ 10 mil. Esse é o valor oferecido pela Associação dos Caçadores de Assombração para quem conseguir fotografar o Caboclo D água. Há pelo menos oito anos, o monstro, uma mistura de galinha, lagartixa e macaco, segundo descrição dos moradores, tem assustado e provocado pânico em Mariana, na região Central de Minas.
“A história começou a ser contada pelos nossos avós, mas passou à realidade, pois há relatos de pelo menos 30 pessoas que afirmam ter visto o bicho circulando por Mariana e vizinhança”, conta o presidente da associação, o professor universitário Milton Brigolini Neme, 50. Segundo ele, recentemente, um rapaz que nadava nu em uma represa da região acabou afundando misteriosamente. Quando o corpo subiu à superfície, estava sem os testículos.
“Os bombeiros não souberam dizer qual bicho teria provocado o ferimento”, explica o professor, que há quatro anos passou a oferecer recompensa para quem conseguir fotografar o Caboclo Dágua. Além do rapaz, o bicho teria comido um boi e atacado um idoso de 92 anos, que ficou com a perna ferida. Um retrato falado do bicho circula por Mariana, em adesivos e desenhos em camisas.
A Associação dos Caçadores de Assombração foi fundada por Brigolini há cerca de um ano e meio, com o objetivo de investigar as histórias misteriosas que têm surgido nos municípios de Mariana, Diogo Vasconcelos e Barra Longa.
Em Passagem, distrito de Mariana, a história de outra assombração tem tirado o sono dos moradores. Reza a lenda que a assombração de uma mulher que, no século XVIII, produzia sabão usando como matéria-prima crianças do vilarejo, ainda caminha pelos túneis de uma antiga mina de ouro.
Segundo o professor Leandro Henrique dos Santos, 35, que pertence à associação, um pedreiro acabou atacado com uma porretada na cabeça na mina. “Ele dizia que foi a Maria do Sabão e que não conseguiu reagir”, conta Santos. Na ocasião, o pedreiro estava embriagado.
CDX
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