quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Fábulas fabulosas para uma juventude non-sense:




O equino e o suíno.

Adaptação livre por Leandro CDX Morais


Estava um porco curtindo a lama em seu cercado, quando passou por ele um maravilhoso cavalo, bem tratado, lavado e perfumado, que disse: “Animal imundo!Nem sei como você se atreve a contemplar o mesmo Sol que eu! Ficas aí, no meio da maior imundície, e todos te desprezam. E se te dão comida é apenas para que engordes, engordes, engordes, até que te mandem ao matadouro e sirvas de alimento para os homens. Agora, olha pra mim, tratado como um príncipe, ricamente arrumado, enquanto parto pra mais nobre missão. Vou para o concurso de obstáculos nas Olimpíadas, vou defender meu país.” E dizendo isso, saiu trotando em direção a um ponto de fuga no horizonte, rumo ao seu destino de glória.


Acontece, porém, que quando o cavalo chegou ao local da prova, a mesma já tinha terminado. Talvez se ele não tivesse parado para ofender o porco teria chegado a tempo. Seu dono, não sabendo o que fazer com ele e não querendo perder todo o dinheiro que empregara em seus cuidados, colocou-o no jóquei para disputar o Grande Prêmio do dia.

Porém o cavalo não era muito bom de corrida, não era a sua especialidade. Perdeu todos os dez páreos em que entrou. Aí, o dono, desesperado, tomou uma medida mais enérgica. Socou doping no cavalo, estaminas, e o cavalo estalou os olhinhos e parecia agora invencível.


Suas patas agora estavam inquietas, pareciam feitas para correr. Na prova seguinte o cavalo disparou feito louco. E quase ganhou a prova com grande vantagem. Não levou o troféu porque deu um piripaque na reta final e caiu durinho da silva com a língua para fora.


Mais uma vez o dono não quis perder todo o dinheiro investido. Assim, quando o porco foi abatido, colocaram o cavalo junto no processamento da carne. E os dois juntos resultaram em centenas de salsichinhas saborosas em conserva. Dessas que vendem lá no Mercadão Municipal e que você come tomando uma cerveja no bar do Moacir.


MORAL DA HISTÓRIA deixo para os meus caros leitores...





CDX

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