sábado, 17 de março de 2012

Filme da semana > J. Edgar (2011)




Título Original: J. Edgar

Gênero: Drama

Tempo de duração: 137 min

Ano de lançamento (USA): 2011

Direção: Clint Eastwood

Elenco: Leonardo DiCaprio, Armie Hammer, Jude Dench, Josh Hamilton, e Naomi Watts.


Para quem curte filme sobre história americana (que acaba refletindo nos rumos mundiais como sempre) vai gostar desse novo filme de Clint Eastwood (que inclusive assina a trilha sonora!). Esse trata da vida de J. Edgar Hoover, o criador e primeiro diretor do FBI.

O filme retrata como o cara transformou uma instituição de merda (isso mesmo, o FBI no início não tinha nem autorização para usar armas de fogo!) na maior potência investigativa do planeta. Hoover batalhou para transformar a catalogação de provas em algo sistemático com a finalidade de chegar aos culpados por crimes.

É dele também o desenvolvimento da análise de impressões digitais, coisa que até então a polícia americana dos anos 30 achava "balela". Claro que todo esse processo de criação e comando do FBI se deu durante 48 anos (!!!) em que ele dirigiu o Bureau. E claro que acumulou muitos inimigos e desafetos nesse tempo todo.

Para se manter no comando durante tanto tempo usou de chantagens e meios "não convencionais" para convencer 8 presidentes americanos a lhe manter no cargo.

O filme é muito bom (para quem gosta desse tipo de filme), contando com uma ótimo interpretação de Leonardo DiCaprio no papel principal. Impressionante como os maquiadores conseguem hoje em dia "transformar" o ator ou atriz em idosos. A técnica funciona bem com DiCaprio que interpreta Edgar Hoover ao longo de quase meio século. Entretanto a única falha do filme é justamente nesse mesmo quesito: a maquiagem do ator Armie Hammer, que interpreta Clyde Tolson parece grotescamente ruim. Nem parece que foi a mesma pessoa que maquiou o resto do elenco. O cara parece que está vestindo uma máscara de borracha comprada na Cris Blusas para o Dia das Bruxas. Foda.

Mas no geral gostei muito do filme, palmas para o tio Clint mais uma vez, que conseguiu mostrar a analogia entre a força que o diretor do FBI tinha na vida pública e ao mesmo tempo sua fragilidade na vida pessoal, onde não conseguia assumir seus sentimentos e sua sexualidade.

No final você conclui que de nada adianta o homem ter o poder nas mãos. Poder suficiente para manipular um presidente americano (supostamente o homem com mais poder no mundo), mas não conseguir ficar em paz consigo mesmo e nem feliz com a vida que tem. Um final triste eu diria.



CDX

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