terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Fábulas fabulosas para uma juventude non-sense:





O Rei das Rãs:


Adaptação livre por Leandro CDX Morais



Em um pântano não muito distante daqui, viviam muitas rãs. Elas eram tantas, que o lugar era uma zona. Não havia leis, nada era respeitado, e a desordem era total.

Rolava solta a putaria, todo mundo comendo todo mundo. Você podia roubar seu vizinho que nada acontecia. Podia descer a bifa na cara de outra rã folgada que não teria consequências.

Porém, as próprias rãs se cansaram daquela bagunça. E como nenhuma delas se destacava para governar e por ordem no lugar, resolveram pedir uma intervenção divina.

As rãs oraram para o Deus Sapão pedindo que ele envia-se um rei para acabar com aquela algazarra.

O Deus Sapão também não era lá aquelas coisas. De saco cheio dos pedidos das rãs, atendeu suas fiéis de qualquer jeito: mandou entregar no pântano uma estátua de uma rã sentada que comprou na Imaginarium do shopping.

As rãs a princípio se assustaram com a estátua, que tinha uma fisionomia nada cordial. "Esse será um rei autoritário, que vai colocar ordem nessa pocilga", pensaram.

Nem sequer se aproximavam do rei, com medo de enfurecê-lo. Mas com o passar do tempo, notaram que a estátua, como era natural, não se mexia, não saía do lugar, nem dava ordens.

"É um rei de merda!"

"Fala sério!"

"Tomá no cú! Governo de bosta!"

"Tinha que ser PT!"

As queixas das rãs eram muitas. Aquele rei não estava resolvendo nada. Indignadas, resolveram pedir um outro governante ao Deus Sapão. E dessa vez o ser divino ficou
muito puto da cara! Não gostou de ser incomodado novamente sobre o mesmo assunto. Vendo que a maioria das reclamações pediam um rei mais autoritário, mais severo, não pensou duas vezes: enviou um pato para reinar no pântano.

As rãs que antes reclamavam do seu antigo rei, agora tinham que se preocupar com seu sucessor. O pato se sentiu no paraíso: comia uma rã aqui, outra ali.

Em pouco tempo o pântano esvaziou e o pato ficou de bucho cheio! Quase não sobrou rã para contar essa história.



Moral da história: Nunca reclame demais porque a coisa pode ficar pior!



CDX

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