Pois sim. Como James Bond, os Jedi, Rocky e, talvez, Harry Potter, Rambo tem torcida. Em quantos filmes há fila para tirar fotos com o cartaz – que, aliás, é um dos mais bem acabados da nova leva? Em quantos há gente fantasiada de graça, pagando ingresso e comendo pipoca?
Não, o quarto Rambo da série não está na mesma categoria dos títulos que valem a pena citar para fazer bonito numa mesa de bar, e a culpa não é dos flashbacks bisonhos, das narrações constrangedoras, nem da trilha sonora que deveria ter morrido com os anos 80: a culpa é do culto, é o culto que torna esse Rambo diferente.
Certo, Sylvester Stallone patina na primeira fase da trama, que estréia no Brasil em 1º fevereiro. Em mais de uma cena da introdução, parece que também o ator, e não só personagem, reluta em entrar na “arena”. No olhar meio perdido dele nas primeiras cenas, há o mesmo desalento daquele tio que, num almoço de domingo, é obrigado a contar sempre a mesma piada. O detalhe é que, apesar de engasgar, Stallone é o tio que ainda sabe contar a piada. Quando ele finalmente resolve ser Rambo, baixa a catarse nos seguidores. O culto fala mais alto. Prepare-se para a berraria alheia.
Rambo, como o “boêmio” cantado por Nelson Golçalves, “voltou, voltou novamente”. Em pouco mais de uma hora e meia, o personagem-título mata mais personagens e figurantes do que um jogador médio de Counter-Strike na carreira inteira. Pela conta do Los Angeles Times, John R. manda para o “outro lado” uma média de 2,59 seres humanos* por minuto (isto é “Jornalismo”, com “J”). Enquanto Stallone, o cidadão Sylvester Gardenzio Stallone, inchou como um “hércules de feira” aposentado, Rambo não mudou tanto assim de 1988 para cá. Até melhorou na mira.
(*) É o tipo de medida que não se deve arredondar, tamanha a quantidade de membros espalhados e não-reclamados.
Fonte: G1 - Notícias
CDX
Um comentário:
já tem rambo na net... mas eh em russo!
http://www.degracaemaisgostoso.org/2008/01/rambo-4-2008.html
bjs, Lê!
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